7/27/2006

Ajuda-te

Abate-me tanto saber que gritas por dentro, dissolúvel, fiel a ti mesmo, sem companhia aparente para qualquer descarga emocional. Gostava de te poder dizer que estou aqui, que adorava poder ajudar-te a construir episódios melhores... mas sigo os teus passos, erro a cada segundo, sem pensar, actuo em contra a tudo o que pretendo ser e causo feridas no que me é mais importante. A minha presença já não ajuda a norte ou a sul, sinto a necessidade de construir algo sozinho, longe de olhares que vejo lançarem-se a mim dia após dia, pedindo algo que não consigo dar.
Porque estou aqui vivo-vos mais do que a mim mesmo, causa-me mais desespero a vossa dor à minha. Corta-me a respiração ver-te tentar ainda o objectivo quando eu provavelmente não conseguiria aguentar tamanha pressão. Espera-se que algo melhor surja, que o futuro não empate...

7/13/2006

A banda passa...

Seco e distante moves-te com o ritmo de quem não pensa. Executas apenas o que o "na hora" te diz, não chegas a conclusões profundas, não queres realizar mais do que o evidente. É fácil dizer que hoje foi melhor, que amanha é outro dia; o mais difícil é dizer que isto não está bem, que eu penso e sei que a história é escrita, que está a traçar as suas linhas, que o tempo passa, que as mágoas não se afogam.
Não me custam as palavras, saiem naturalmente, como quem não quer a coisa.
Toca-me bastante saber que não és tanto do que esperei e que ao mesmo tempo não abdico da parte fácil que é continuar algo que já está construído. Demência a nossa que constrói algo que no fim não interessa, não dá valor, não preenche!
Demência a minha que continuo a viver pelas regras da exigência social. Não há objectivos, não há positivismo, apenas tolerância...

7/11/2006

Expectativas

De todas as palavras alguma vez escritas por alguém, as palavras mais tristes foram: "Poderia ter sido..."

Gélido até no calor de julho partes mais uma vez em busca de ti
mesmo.
Eu, calmamente, observo e idealizo... já não tenho medo, vejo a saída, lamento todo o tempo que sofri! As coisas mais simples e coerentes, que não causem esforço mental são sem dúvida a melhor saída.
O ser humano tem tendência para causar pânico em qualquer situação que exceda os níveis normais da vivência em sociedade. Não está preparado para lidar com alternativas bruscas, as regras só se mudam quando as pressões são de quem importa. Estes são os dramas a que pretendo fugir na minha busca por algo positivamente superior