11/23/2006

Side by Side

Recorro a ti novamente para aliviar a confusão circundante. Vejo-me por vezes cair no mesmo enredo que tantas vezes me atirou ao chão. Sinto uma forte presença de dor sempre que o tempo se mostra inesquecível. Tudo marca e aqui tento, mais uma vez, aliviar a falta de soluções que encontro.
Devia ter esquecido que doeu, não guardar rancor à falta de atitude. Saber que, se aconteceu, teve uma razão e captar apenas o que, presentemente, é positivo e enternecedor. Mas cada vez mais denoto a diferença que nos circunda, que não somos iguais e nunca o seremos. E que tu gostas do que salta e eu do que está parado, que a tua esquerda irá continuar a ser sempre diferente da minha... e não me movo.
Por alguma razão vou deixando passar, com dor e sem remédio, todo este tempo, talvez para compreender que fugir não é a solução. Esperam-se respostas que a experiência me irá dar... e até lá, contigo, luto por outras batalhas, as minhas...

11/22/2006

Deixa-te ir

Sentimentos negros corrompem memórias confusas e perturbantes. A destruição desenfreada de emoções ocorre a cada trago de vida que me é tirado. O sentido animal da carne já não perturba quem sofreu. Vive e deixa-te morrer é a opção que muitos tomam. Partimos à procura de desconhecidas sensações, tomar o fruto proibido, não seguir a lógica. Com o passar dos tempos tornamo-nos seres cada vez mais pensantes, passamos a vida a tentar construir algo quando, no fundo, não sabemos o que estará para vir. Tentemo-nos pelo momento, não construir, não pensar, não reflectir, não obstinar... apenas seguir o instinto, o medo, a sobrevivência... e talvez aí sim, ao viver errando, sejamos felizes!